Até as 9 horas do dia de hoje, sexta-feira, podia dizer que era uma abençoada por nunca ter sido assaltada ou nem chegado perto de um dia ser. Mas hoje as 9:10 da manhã, roubaram de mim esse grande triunfo, de morar em uma das capitais mais violenta do Brasil, Recife, e nunca ter sido assaltada.
Por mais de que não me levaram nada, pois fingi não ter celular e por isso o cara deu a meia volta e foi embora, cheguei em casa apavorada. Eu estava simplesmente há uns 50 passos da porta do prédio. Sentei no sofá e fiquei sem acreditar.
Mas, agora, que estou mais calma, bem mais calma, pensei nos meus amigos que já foram assaltados na porta de casa. E pior ainda, mais de 10 vezes, isso bem pertinho de casa.
Mês passado, três amigos foram assaltados na rua da casa de um deles e os dois cara, armados, levaram os 3 celulares. Na mesma semana e no mesmo bairro 2 pessoas foram assassinadas por reagir a assaltos. Bom foi o que pensei, no momento em que o cara deu a volta. Pensei: “Agora é o momento em que ele atira em minhas costas por causa de um celular que eu neguei ceder”.
Bom, se ele tivesse puxado minha bolsa, teria ficado com 2 celular Nokia, simples, um deles nem é colorido e nenhum tem câmera. Levaria dois reais e pouco, minha identidade, carteira do plano de saúde e meu cartão, além de canetas e papeis do trabalho. Eu ia sofrer mais por causa da minha maquiagem.
Daí me deu um sentimento de revolta pelo que passou comigo, mas pensei que eu não fui à primeira ou única no mundo, mas o pior é que não fui à última a sofre um assaltou ou uma tentativa, por aquele homem ou por outras pessoas.
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