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quarta-feira, 3 de dezembro de 2008
Doméstica, a grande educadora do Brasil moderno!
A educação (gentileza, respeito e introspecção) está realmente decadente (visto que nunca foi uma maravilha).
A cada dia que observo o comportamento individual das pessoas em locais públicos me decepciono com a falta de respeito que muitas delas demonstram. Um dia desses estava voltando do centro da cidade de ônibus e ao sentar me deparei com uma voz raivosa e agressiva vindo da parte traseira do veículo.
Percebi que era um homem de aparentemente uns trinta e cinco anos, que avaliei estar drogado, pois urrava violência e deboche à figuras do governo brasileiro, americano e históricas com um nexo pouco melhor dos encontrados em um manicômio. Nesse momento o ignorei e tentei relaxar pelos próximos 40 minutos de viagem até meu refugio maternal.
Até ai tudo dentro dos previsto, eis que surge um sujeito bem humorado, cantante, cumprimentando a todos com um bom dia e se senta ao meu lado. Inicialmente penso que seria uma boa companhia durante o trajeto (triste engano). Quando ele senta começa a aumentar o volume de sua voz a níveis que o som do rádio do ônibus fosse abafado e que todos os passageiros notassem a cantoria (de natureza religiosa e testemunha de Jeová até onde percebi).
Esse cidadão gritava musicas em um tom “maravilhoso” misto da voz de Reginaldo Rossi e agudos de Sergio Malandro (UIUIUI!), e mesclava suas músicas com sermões de algum pastor louco capaz de organizar suicídios coletivos (“Aqueles que zombam do meu Deus sentirão o peso da espada do senhor! Só meu Deus salva, quem não crê nele será punido e julgado por blasfêmia!”).
Ninguém estava falando nada contra o cidadão ou contra a religião dele em momento algum, ele tem direito de escolher a religião dele, assim como eu, ou qualquer pessoa. Mas eu não tento convencer às pessoas da minha desconfiança na entidade igreja (eufemizando), seja ela qual for. E não espero sermões em locais públicos.
Outro exemplo foi hoje pela manhã, quando estava na faculdade (é, em um centro educacional), pior ainda, na biblioteca, quando um grupo de mulheres (seres naturalmente mais sensíveis e providas de melhor senso que os homens) fazendo um trabalho, ou algo do tipo, decidiram resolver suas divergências sobre algumas cadeiras da faculdade, ódios de professores e pontos de vista feminino em altíssimo volume. Não bastasse o galinheiro que se tornou à biblioteca ainda tinha uma mais alterada que dava tapas e murros na mesa dizendo a todos que o motivo daquilo era seu nervosismo (não sei ao certo o motivo disso).
Um estudante que estava mais perto se dirigiu a ela dizendo que elas falassem mais baixo, que o estavam incomodando (e a todos dentro daquelas paredes) pois ele tentava estudar.
O que mais me chamou a atenção não foi o barulho inicial, visto que sabemos que as vezes perdemos o senso normal devido a bruscas mudanças de ânimos e hormônios (mulheres especialmente), que basta alguém nos chamar a atenção que nos “tocamos” e voltamos a normalidade. Mas essas mulheres mal educadas se entre olharam e começaram a recriminar o rapaz aos cochichos. Uma delas chegou ao ponto de xingá-lo de “fresco CDF”, dizendo que era essa a atitude de uma “bicha” quando vê muitas mulheres juntas.
Esse é o retrato da nova geração, que devido às mães passarem muito tempo fora de casa por conta do trabalho, deixam seus filhos a mercê das domesticas, esperando que elas eduquem seus filhos. Quando o que as domesticas querem é seu salário no final do mês como todo trabalhador no Brasil.
terça-feira, 2 de dezembro de 2008
Idéias bizarras de meio de rua
Antes de ler o post um breve comentário: Sei das minhas limitações, não sou melhor que ninguém, e perante alguns sou pouco inteligente (que graças a Deus as estatísticas mostram que não são muitos).
Eu bati meu carro (Celta Super 2004, baptizado de Iumóvel, e cujo o maior valor está entre o volante e o banco do motorista - Modeste a parte: eu dirijo pra caralho) devido a um dos males mais comuns do mundo moderno, a pressa. Além ainda do ódio mortal dos engarrafamentos.
Esse foi o começo do meu problema (que é maior ainda dos proprietários das idéias), a falta de capacidade de associação de idéias da massa brasileira.
O fato é: Andando mais de ônibus, tennis e havaianas estou mais sujeito a mais idéias de desconhecidos do que enfurnado dentro de um carro. E devida essa maior fluidez de pensamentos alheios pontuei duas idéias errôneas de senso comum. Pontuarei-as e comentarei rapidamente cada uma (tentarei ser breve).
1- A culpa de tudo é do" governo" - Esse é um comentário geral das pessoas, cuja frustração por qualquer motivo desencadeia uma ira contra o estado.
Sei que o estado é um grande responsável pelo retardamento (que também pode ser lido como adjetivo dos nossos governantes) do desenvolvimento econômico, educacional e cultural do brasileiro. Devido o excesso de burocracia, de corrupção e de vantagens politicas e econômicas dos deputados, juizes e todos os que nos causam "Dores" (vereaDORES, senaDORES, desembargaDORES e forçando até os promotORES) que ganham horrores (nem discuto salários, mas sim aos benefícios) e fazem temores a nossa "democracia" e ambições.
Mas a culpa do aumento da violência, do preço da passagem de ônibus e das chuvas em Santa Catarina (acredite se puder) não são culpa (pelo menos inteiramente) do estado.
2- O Obama não é um Ghandi moderno. Não acredite que o mundo vai ser um lugar melhor (não como você espera) por que o Obama assumirá a Casa Branca.
O cargo de presidente dos EUA é o mais importante do mundo sim, mas não é mais importante do que a vontade da economia mais poderosa (temporariamente) do mundo , quem dita essa regra são os CEOs das maiores empresas do mundo. O Iraque (e Saddan) não era uma ameaça ao mundo maior que o aquecimento global, que a fome na África ( e em lugares bem mais perto). O diferente é que o Iraque tem uma das maiores reservas de petróleo do mundo e o fato de um ditador louco estar no controle desse país atrapalha os interesses de grandes empresas Energéticas mundiais.
As ações de Obama (e o fato dele ser negro) podem melhorar a imagem dos "erros" de George W. Bush, mas seguramente serão retrato das vontades do mercado e interesse das grandes empresas (que geram desenvolvimento e riqueza para o país e seu povo).
Só um PS: No comentário de Obama ser negro, quis dizer apenas que é um paradigma quebrado ao eleger um negro para presidência dos EUA (que sou totalmente de acordo), e que o fato dele ser negro é importante para que o racismo (estúpido e pré conceituoso) seja, ao menos, diluído. E declaro que não sou pré conceituoso com qualquer etnia. (Apenas com descendentes de cruzamento de "asnos" ou "burras" com seres humanos).
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