De uma ajudada dando uma... clicada!

segunda-feira, 16 de fevereiro de 2009

Amo muito tudo isso


Está sem dinheiro para comprar o seu número preferido da Mc Donald’s? Seus problemas acabaram. Ligue para o McFavela e peça o seu Big Mac Favela. Pagando um preço mais barato você come o sanduíche do famoso jingle - "dois hambúrgueres, alface, queijo, molho especial, cebola e picles num pão com gergelim”. Quanto ao gosto, vocês, cariocas, provam e comentam a proximidade de sabor.

O McFavela começou com um quiosque no bairro dos Pimentas (Guarulhos) e se expandiu para essa unidade paulistana encravada na favela Pantanal e à beira do córrego Jacu.

Mais informações sobre essa nova lanchonete no site do UOL.



E dizem que lá é seguro


Os altos números de violência no Brasil é um dos motivos para diversos brasileiros afirmarem a preferência de morar em outros países. Não critico a decisão dessas pessoas e sei o quanto o Brasil é violento. Em Pernambuco houve dias quem que a quantidade de mortes foi compatível ao Iraque. O Estado também é campeão de mortes de mulheres e possui o segundo maior índice de mortes de jovens.

Entendo que os pernambucanos que saem do Brasil, além de um bom emprego, buscam segurança. Falar ao celular na Avenida Conde da Boa Vista sem ter medo de ser assaltado. Sair contando o dinheiro que acabou de sacar no Banco do Brasil da Agamenon Magalhães. Exibir o novo iPhone 3G ao amigo, no ônibus PE-15/ Joana Bezerra. Brincar de PSP na viagem de metrô, da Estação Joana Bezerra até o TIP. Tirar fotos nas pontes do Recife, em pleno Galo da Madrugada, com uma câmera Nikon S700 ou D700, 12 megapixel, com um cartão novinho de 4 GB que ganhou do namorado de aniversário.

Era o meu sonho poder fazer isso!!! Alguns amigos, que já foram para os EUA ou para Europa, afirmam que eles fizeram isso lá e que todo mundo faz.

Mas meu sonho, aos poucos está sendo destruído, com as drásticas notícias apresentadas nos jornais.

Em dois de outubro de 2008, o pernambucano José Ricardo Ferreira de Souza, foi achado morto na Praia de Brighton, no Brooklyn, em Nova Iorque, nos Estados Unidos. O corpo estava na água e apresentava sinais de estrangulamento e luta corporal. A primeira hipótese é de latrocínio (roubo seguido de morte), já que estavam faltando o par de tênis e o telefone celular da vítima. Outro Caso: no dia 14 de junho de 2008, um brasileiro foi assassinado em Madri por causa de um sanduíche!

Um caso que ficou muito marcado foi a morte de Jean Charles, que foi baleado na cabeça na estação do metrô de Stockwell, no sul de Londres, no dia 22 de julho de 2005, ele foi assassinado por causa de um erro pela polícia britânica.

O mais recente é da pernambucana Paula Oliveira, que foi agredida na Suíça por supostos neonazistas no dia 8 de fevereiro deste ano. No momento em que foi abordada pelos homens, Paula estaria falando ao telefone celular em português com a mãe o que reforça a hipótese de que o crime tenha sido cometido por um grupo xenófobo. Paula estava grávida de gêmeos e já obteve a confirmação, pelo hospital, de que perdeu os bebês.

quarta-feira, 3 de dezembro de 2008

Doméstica, a grande educadora do Brasil moderno!


A educação (gentileza, respeito e introspecção) está realmente decadente (visto que nunca foi uma maravilha).

A cada dia que observo o comportamento individual das pessoas em locais públicos me decepciono com a falta de respeito que muitas delas demonstram. Um dia desses estava voltando do centro da cidade de ônibus e ao sentar me deparei com uma voz raivosa e agressiva vindo da parte traseira do veículo.

Percebi que era um homem de aparentemente uns trinta e cinco anos, que avaliei estar drogado, pois urrava violência e deboche à figuras do governo brasileiro, americano e históricas com um nexo pouco melhor dos encontrados em um manicômio. Nesse momento o ignorei e tentei relaxar pelos próximos 40 minutos de viagem até meu refugio maternal.

Até ai tudo dentro dos previsto, eis que surge um sujeito bem humorado, cantante, cumprimentando a todos com um bom dia e se senta ao meu lado. Inicialmente penso que seria uma boa companhia durante o trajeto (triste engano). Quando ele senta começa a aumentar o volume de sua voz a níveis que o som do rádio do ônibus fosse abafado e que todos os passageiros notassem a cantoria (de natureza religiosa e testemunha de Jeová até onde percebi).

Esse cidadão gritava musicas em um tom “maravilhoso” misto da voz de Reginaldo Rossi e agudos de Sergio Malandro (UIUIUI!), e mesclava suas músicas com sermões de algum pastor louco capaz de organizar suicídios coletivos (“Aqueles que zombam do meu Deus sentirão o peso da espada do senhor! Só meu Deus salva, quem não crê nele será punido e julgado por blasfêmia!”).

Ninguém estava falando nada contra o cidadão ou contra a religião dele em momento algum, ele tem direito de escolher a religião dele, assim como eu, ou qualquer pessoa. Mas eu não tento convencer às pessoas da minha desconfiança na entidade igreja (eufemizando), seja ela qual for. E não espero sermões em locais públicos.

Outro exemplo foi hoje pela manhã, quando estava na faculdade (é, em um centro educacional), pior ainda, na biblioteca, quando um grupo de mulheres (seres naturalmente mais sensíveis e providas de melhor senso que os homens) fazendo um trabalho, ou algo do tipo, decidiram resolver suas divergências sobre algumas cadeiras da faculdade, ódios de professores e pontos de vista feminino em altíssimo volume. Não bastasse o galinheiro que se tornou à biblioteca ainda tinha uma mais alterada que dava tapas e murros na mesa dizendo a todos que o motivo daquilo era seu nervosismo (não sei ao certo o motivo disso).

Um estudante que estava mais perto se dirigiu a ela dizendo que elas falassem mais baixo, que o estavam incomodando (e a todos dentro daquelas paredes) pois ele tentava estudar.
O que mais me chamou a atenção não foi o barulho inicial, visto que sabemos que as vezes perdemos o senso normal devido a bruscas mudanças de ânimos e hormônios (mulheres especialmente), que basta alguém nos chamar a atenção que nos “tocamos” e voltamos a normalidade. Mas essas mulheres mal educadas se entre olharam e começaram a recriminar o rapaz aos cochichos. Uma delas chegou ao ponto de xingá-lo de “fresco CDF”, dizendo que era essa a atitude de uma “bicha” quando vê muitas mulheres juntas.

Esse é o retrato da nova geração, que devido às mães passarem muito tempo fora de casa por conta do trabalho, deixam seus filhos a mercê das domesticas, esperando que elas eduquem seus filhos. Quando o que as domesticas querem é seu salário no final do mês como todo trabalhador no Brasil.

terça-feira, 2 de dezembro de 2008

Idéias bizarras de meio de rua



Antes de ler o post um breve comentário: Sei das minhas limitações, não sou melhor que ninguém, e perante alguns sou pouco inteligente (que graças a Deus as estatísticas mostram que não são muitos).

Eu bati meu carro (Celta Super 2004, baptizado de Iumóvel, e cujo o maior valor está entre o volante e o banco do motorista - Modeste a parte: eu dirijo pra caralho) devido a um dos males mais comuns do mundo moderno, a pressa. Além ainda do ódio mortal dos engarrafamentos.

Esse foi o começo do meu problema (que é maior ainda dos proprietários das idéias), a falta de capacidade de associação de idéias da massa brasileira.

O fato é: Andando mais de ônibus, tennis e havaianas estou mais sujeito a mais idéias de desconhecidos do que enfurnado dentro de um carro. E devida essa maior fluidez de pensamentos alheios pontuei duas idéias errôneas de senso comum. Pontuarei-as e comentarei rapidamente cada uma (tentarei ser breve).

1- A culpa de tudo é do" governo" - Esse é um comentário geral das pessoas, cuja frustração por qualquer motivo desencadeia uma ira contra o estado.

Sei que o estado é um grande responsável pelo retardamento (que também pode ser lido como adjetivo dos nossos governantes) do desenvolvimento econômico, educacional e cultural do brasileiro. Devido o excesso de burocracia, de corrupção e de vantagens politicas e econômicas dos deputados, juizes e todos os que nos causam "Dores" (vereaDORES, senaDORES, desembargaDORES e forçando até os promotORES) que ganham horrores (nem discuto salários, mas sim aos benefícios) e fazem temores a nossa "democracia" e ambições.

Mas a culpa do aumento da violência, do preço da passagem de ônibus e das chuvas em Santa Catarina (acredite se puder) não são culpa (pelo menos inteiramente) do estado.

2- O Obama não é um Ghandi moderno. Não acredite que o mundo vai ser um lugar melhor (não como você espera) por que o Obama assumirá a Casa Branca.

O cargo de presidente dos EUA é o mais importante do mundo sim, mas não é mais importante do que a vontade da economia mais poderosa (temporariamente) do mundo , quem dita essa regra são os CEOs das maiores empresas do mundo. O Iraque (e Saddan) não era uma ameaça ao mundo maior que o aquecimento global, que a fome na África ( e em lugares bem mais perto). O diferente é que o Iraque tem uma das maiores reservas de petróleo do mundo e o fato de um ditador louco estar no controle desse país atrapalha os interesses de grandes empresas Energéticas mundiais.

As ações de Obama (e o fato dele ser negro) podem melhorar a imagem dos "erros" de George W. Bush, mas seguramente serão retrato das vontades do mercado e interesse das grandes empresas (que geram desenvolvimento e riqueza para o país e seu povo).

Só um PS: No comentário de Obama ser negro, quis dizer apenas que é um paradigma quebrado ao eleger um negro para presidência dos EUA (que sou totalmente de acordo), e que o fato dele ser negro é importante para que o racismo (estúpido e pré conceituoso) seja, ao menos, diluído. E declaro que não sou pré conceituoso com qualquer etnia. (Apenas com descendentes de cruzamento de "asnos" ou "burras" com seres humanos).

terça-feira, 25 de novembro de 2008

Péssoal, desculpem estar atrapalhando a "viagem" de vocês!


"Me desculpem a vergonha, mas eu tenho que pedir a vocês"
NÃO DÊEM ESMOLA AOS PEDINTES DE ÔNIBUS, VOCÊ O ESTÁ INCENTIVANDO.

Pode-se dizer que tenho coração duro, mas eu posso vos dizer que todos contribuem para isso!
Qualquer pessoa que (infelizmente) precisa andar de ônibus conhece dezenas de frases que os "necessitados" costumam falar para ganhar o "leite das crianças" ou o "remédio da esposa".

É triste, sei que é, sei que sou um privilegiado por poder sentir pena ao invés de sentir a necessidade, mas é que aprendi em qualquer circunstancia da vida, mesmo dos meus singelos 23 anos, dar não resolve nada, o fato de dar até nos faz pensar que estamos ajudando, dando o pouco que "não nos faz falta" a alguém realmente necessitado.

Eu sou contra assistencialismo sem educação e comprometimento! E não adianta vir me dizer que é fácil falar quando não se tem fome ou vê seus filhos passando por isso, pois eu lhe direi o mesmo.

Minha namorada costuma dizer que ela "ajuda" na esperança que a pessoa beneficiada faça bom uso do dinheiro que ela doa. Ora, você doa pra dar esperança ou pra ter esperança? Eu não dou dinheiro a ninguém, a não ser que ameace a minha integridade.

Outro dia eu vinha em um ônibus com um trajeto de mais ou menos 8 km, e tive a "felicidade" de encontrar 3 desesperados. Um pai de família desempregado, com 4 filhos, o mais velho tinha 8 anos, a mulher domestica; Um garoto que aparentava uns 12 anos, pedindo pela família, e os 2 irmãos menores e com fome, que o pai o abandonou e a mãe não sabia nem escrever pra poder conseguir um emprego; E um esposo com a mulher doente sem condições de comprar o remédio que custava, segundo ele, R$ 76,20 para 2 semanas de tratamento.

Se você nunca anda de ônibus se choca e da o que tiver na carteira, mas se tem costume, sabe que todos os dias tem centenas como eles que perambulam de linha em linha, subindo e descendo paradas pedindo dinheiro.

Sei que alguns realmente precisam, mas, como saber quem? Como diferenciar o necessitado do ator? Que usa seu sentimentos, sua misericórdia para tirar seu dinheiro e fazer disso uma profissão (mentalize a palavra que mais lhe cai bem).

Sei que emprego não é uma coisa fácil, até pode ser de conseguir (se for disposto e obstinado), mas é difícil de manter, pois são tantos contratempos que enfrentamos, baixa qualidade dos transportes públicos, dificuldade de acesso, baixos salários (em parte culpa da enorme tributação, que não deixa o empresário, mesmo que quisesse, aumentar os salários um pouco.).

Uma certa vez estava vendo o programa "Altas Horas" e nesse momento estavam entrevistando uma ex pedinte de rua (que o nome me foge no momento) , que tinha mudado de carreira, deixou de pedir para ser cantora de hip-hop (ou funk). E o que mais me marcou foi o comentário dela de porque permanecia na rua: "Ficava na ria porque as pessoas me davam, e o que eu ganhava era melhor que um emprego de doméstica... Para as pessoas pararem de pedir só tem uma solução: As pessoas pararem de dar esmola".

Sei que cada um tem seu bom senso, só não vale dar pra tentar enobrecer o próprio ego e se enganar dizendo que ajuda as pessoas ou "eu faço a minha parte". Ajude com consciência do que está fazendo. É melhor gastar 5 reais a mais no mercado e doar um Kilo de Feijão e arroz a um pedinte do que dar 50 centavos que podem ser usados pra tomar uma dose de cachaça ou para comprar 2 cigarros na venda da esquina.